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  • Judas Priest homenageia Black Sabbath com cover de “War Pigs”

    Judas Priest homenageia Black Sabbath com cover de “War Pigs”

    O Judas Priest divulgou nesta quarta-feira uma regravação do clássico “War Pigs”, em homenagem ao Black Sabbath, que fará o último show da carreira no próximo sábado, dia 5.

    Por conta de compromissos previamente assumido com o show em comemoração aos 60 anos de carreira do Scorpions, Rob Halford e o resto da banda não poderão participar da despedida do Black Sabbath. Mesmo tendo sido convidados pela esposa de Ozzy, Sharon Osbourne, que até mesmo se ofereceu para enviar um avião particular para que Halford pudesse participar, simplesmente não haveria tempo hábil e o risco seria muito grande, de acordo com o próprio vocalista.

    Os pioneiros do heavy metal irão sair de cena com um show na cidade natal de Birmingham, na Inglaterra. A apresentação acontecerá no estádio Vila Park, casa do clube de futebol Aston Villa, do qual o baixista Geezer Butler é torcedor fanático.

    A apresentação contará com diversos convidados, e será transmitida ao vivo através da internet mediante sistema de pay per view.

    Judas Priest e Black Sabbath

    As duas lendas do metal britânico compartilham similaridades que vão além do fato de terem vindo da mesma cidade. No começo da carreira do Judas Priest, a banda era vista como uma espécie de sucessora do quarteto inventor do heavy metal.

    Em seu álbum de estreia, Rocka Rolla, o Judas Priest trabalhou com o produtor Rodger Bain, responsável pelos três primeiros álbuns do Black Sabbath. Embora a parceria não tenha sido frutífera, com os músicos do Judas Priest tendo falado diversas vezes sobre decisões do produtor que não ajudou a banda a atingir seu potencial em sua estreia. Dentre algumas decisões controversas, Rodger recusou músicas como “Tyrant”, “The Ripper” e “Genocide”. Além de “Whyskey Woman”, que posteriormente contou com contribuições de Glenn Tipton e se tornou o clássico “Victim of Changes”, aclamado pelos fãs. Todas as músicas acabaram por fazer parte de “Sad Wings of Destiny”, o segundo álbum de estúdio do grupo.

    As duas bandas de Birmingham sempre tiveram seus caminhos ligados uma a outra, como ambas sempre citando uma admiração mútua e ocasionalmente ligadas através de participação em projetos. Como foi o caso de Geezer Butler, que participou do álbum solo de Glenn Tipton, “Baptizm of Fire”, lançado em 1998.

    Rob Halford e Black Sabbath

    Não é segredo para ninguém que Rob Halford se considera um dos maiores fãs do Black Sabbath. E por duas vezes em sua carreira o cantor teve a chance de realizar o sonho de cantar com os seus ídolos.

    Em 14 e 15 de novembro de 1992, conflitos internos no Black Sabbath levaram Dio a declinar de participar dos shows que a banda faria abrindo para Ozzy durante a “No More Tours”. Halford, então recém-saído do Judas Priest foi convidado para substituir Dio e subiu ao palco com a banda nas duas noites em Costa Mesa, na Califórnia. O setlist contou com clássicos das duas fases da banda.

    Em 2004, o Judas Priest havia sido convidado para excursionar pela América do Norte como banda de abertura do Black Sabbath. Em 26 de agosto daquele ano, um dia após o aniversário de 53 anos de Rob Halford, o cantor foi convocado às pressas para substituir Ozzy Osbourne que estava sofrendo com uma crise de bronquite.

  • Iron Maiden e a turnê “Run For Your Lives”

    Iron Maiden e a turnê “Run For Your Lives”

    O sexteto britânico iniciou nesta semana a turnê “Run For Your Lives”, com dois shows em Budapeste, na Hungria. Foi o primeiro show do Iron Maiden sem o baterista Nicko McBrain, que se aposentou no final do ano passado após 42 anos com a banda e foi substituído por Simon Dawson.

    A turnê celebra os 50 anos desde a formação do grupo pelo baixista Steve Harris, em dezembro de 1975.

    Anunciada ainda no ano passado durante a já aclamada turnê “Future Past”, os shows deste ano foram cercados de bastante suspense acerca do setlist.

    Os próprios músicos tiveram boa parte de “culpa” no alvoroço que causaram entre os fãs. Antes do inicio da turnê, os músicos deram entrevistas prometendo um setlist especial, repleto de músicas que há muito não eram tocadas e sugerindo que poderiam entrar na lista canções que nunca foram executadas ao vivo.

    Embora a última hipótese não tenha se tornado verdade, o setlist fez a alegria dos fãs ao trazer temas há muito tocadas pela banda, como “Killers” e “Murders in the Rue Morgue”.

    Setlist Iron Maiden “Run For Your Lives”

    The Ides of March
    Murders in the Rue Morgue (primeira vez desde 2005)
    Wrathchild (primeira vez desde 2017)
    Killers (primeira vez desde 1999)
    Phantom of the Opera (primeira vez desde 2014)
    The Number of the Beast
    The Clairvoyant (primeira vez desde 2013)
    Powerslave (primeira vez desde 2017)
    2 Minutes to Midnight (primeira vez desde 2019)
    Rime of the Ancient Mariner
    Run to the Hills
    Seventh Son of a Seventh Son (primeira vez dede 2014)
    The Trooper
    Hallowed Be Thy Name
    Iron Maiden

    Bis
    Aces High
    Fear of the Dark
    Wasted Years

    No Prayer For The Dying ignorado

    Por todos os elogios ao setlist, um fator não pode deixar de ser ignorado: a ausência de canções do álbum No Prayer For The Dying, de 1990. Ainda mais quando lembramos que ao anunciar a turnê, a banda dizia que seria um show especial com um setlist focado nos nove primeiros álbuns de estúdio do grupo, de Iron Maiden a Fear of the Dark. Logo, deixar um álbum importante como No Prayer For The Dying de fora é, no mínimo, algo curioso.

    Várias boas canções como “Tailgunner”, “Hooks In You” e “Bring Your Daughter… to the Slaughter” poderiam ter sido incluídas e se encaixariam maravilhosamente bem na proposta da turnê.

    Portanto, a decisão de deixar o álbum de lado surpreendeu e gerou reclamação por parte dos fãs.

    Turnê vem sendo sucesso de público e crítica

    Considerações com o setlist a parte, a turnê vem sendo um sucesso de público por onde passa. No último final de semana, o sexteto se apresentou diante de 75 mil pessoas no estádio olímpico de Londres, casa do time de futebol West Ham, do qual Steve Harris é torcedor fanático.

    A banda seguirá na estrada até o próximo dia 2 de agosto, quando encerram o giro pela Europa com um show na Polônia.

    O grupo promete retornar à estrada no ano que vem e a esperança é de que cheguem à América do Sul, embora nenhuma data ainda tenha sido anunciada.